Sunday, July 1, 2007

grito ou pinto

Munch (Van Gogh)


E o instinto não abandonou o personagem, naquele tom conquistador, suportado por todo o brilhantismo que mascara o caráter devastador.

Cores, formas, transformações... Infinitas nuances, quantas visões diversas de mundo, combinações das ênfases... Quantas são as ligações dos genes; e os ângulos emergentes...

Sonho, devaneio, ilusão? Este quantum de carne, ossos, pêlos, sensações, que de modo involuntário, interagem com emoções?


Se a grande margem do oceano, em seu pequeno movimento de todo ano, arrastasse-me ao grande fado, que sentido faz pastar neste pequeno prado?

Desventura insólita acomete sem predição, suprimindo qualquer pretensa esperança de ajuda. Todos os pontos de apoio dissolvem-se como gelatina na água, nem uma fina ponta a se agarrar no desespero por respirar.

Ainda diz-se justa tal vida terrena, atos e reações. Só se for fora do alcance da vista, do olfato, do tato.

Só vê-se sangue, miséria, fome, desemprego, drogas e droga de dor. Se o colchão pudesse ser confortável o suficiente para que nada o atingisse...

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