Saturday, November 7, 2009

Misantropia

Não posso ignorar a verdade.
Não posso alcançar o alto brilho que seu olhar decorre diante do meu, nem ao menos respirar delicadamente e inclinar minha cabeça pra trás, não sentir nada e nem fingir entender, não cuspir porcarias e nem me submeter ao vácuo de mim mesmo.
Tentei por diversas vezes justificar minha falta de atenção, quase não tão solitária, nem que isso contorne ao futuro sem rumo, sem esperança e tendo a certeza de sempre dizer: adeus!

Minha auto indulgência se revela constante em minhas 'obrigações', e para muitos há um sacrifio, há uma ponte que separa por completo o mecanismo sentimental do conservativo, do puramente pragmático em não saber me infiltrar em seu mundo, tão longe...
Essa minha 'reserva', minha desapropriação de mim mesmo se realiza ao todo, e se completa em não satisfazer o próximo, talvez egoístico de minha parte, talvez sombrio de outra, mas é minha maneira de viver.
Há alicerces que suportam muito mais temores na vida, e acredito que o meu esteja já suficientemente forte em seguir em frente, mesmo sabendo que estará prestes a cair sem você.