Saturday, November 22, 2008

Gênero do Engano

Deitado....

Um vento sopra na inércia da ingratidão (feito por mim), quase na solidão de um quarto vazio (onde há pessoas), penso ter ouvido passos, e quando levanto sinto que estou realmente deitado.
Ainda não enxergo o que deveria ser visto, talvez por ser míope ou simplesmente não aceitar e criar alegações que contradizem o meu querer, e voltando no egoísmo de sempre, sigo em frente sem dizer: adeus.

Caído aos pedaços, quase sem saber os motivos necessários que me fazem sofrer, e novamente procuro o ‘saber’ mesmo ciente de que todas as respostas se encontram no meu próprio coração.
Nada além de palavras que descrevem a dor de uma ausência que se intitula em você.
E em todos os casos reviso o passado e mais uma vez caminho em uma direção que se chama: AMOR.

Thursday, November 20, 2008




RASCUNHO


Nas pausas de certas letras
Sopram-se ventos sempre incertos
Cantos tidos como todo ausente
Despertar de um certo pensamento

Tramas de um particular presente
Fazem-se distantes de um ponto se tanto
Espalhado aos quatro ventos
De um domínio que se faz encanto

Mas presente sempre insiste
Num pranto qualquer distante
Sempre mudo despertar longíquo
Tramas de um qualquer destino

Jogado ademais sempre urdita espera
A qualquer domínio tem-se a exata aposta
De se perder em postas sem pontas
Sem tecer o retorno calmo eterno manto

Não tendo o que se diz certeza
Tudo fala quanto de poder esparso
No espaço dimensão cindida
Na cena que foge a procurar presença

Espera por uma temporada tida
De vida, pinturas famintas de tintas
Que pintam invernos fortuitos temores
De uma primavera ausência de finitas cores

Monday, November 17, 2008

Cálice




Retomei minha vida aninhada
Em ti vi o futuro da minh'alma
No fundo da externa armadura
Trilhando comigo as artes belas

Do alento senti teu secreto desejo
Teu corpo está brilhando ao céu
Não há como extinguir teu vigor
Tua alma está distante

De teus expressos gestos sem emoção
Como seria contagiosa a sintonia
Se teu corpo aceitasse teu íntimo
Se tu retirasses no seguro colo amigo

Esta capa que te faz se crer sombrio
Quero conhecer-te inteiro
Na imensidão do teu desconhecido de si
Quero levar-te a senha que precisas

Não se importe em chorar, eis o cálice
Do sentir por inteiro e o sangue explodindo
Nas veias por se ter e tomar o melhor dos manjares
O cálice do que há em nossos corações

~